sexta-feira, 2 de julho de 2010

Campanha contra a violência e o extermínio de jovens

Ainda temos uma visão conservadora sobre o tema JUVENTUDE e a conclusão quase sempre é a mesma: o jovem é visto como problema! Mas se formos debater vamos perceber, será que é mesmo um problema?

Vejamos que, a ausência da família e da escola como instituições responsáveis por estruturar e dar noções de convivência, respeito, educação, cidadania, amor, solidariedade e comprometimento – entre muitos outros - é um fator decisivo para essa situação do jovem na sociedade atual. Não dá para cobrar do jovem o que não lhe foi dado, ou o que não lhe é dado. Tem que haver uma contrapartida. Não se trata de generalizar uma situação, mas de chamar a atenção para um problema que vem aumentando e tomando proporções que parecem estar fugindo do “controle social”.

Portanto se a família falha, se a escola falha, se o governo falha – não criando condições propícias de emprego, moradia, educação, saúde, lazer – e por fim se a sociedade falha porque cobra e não inclui socialmente esta parcela da população, o que resta é essa vida bandida a que muitos adolescentes e jovens têm aderido. Mesmo porque, é aparentemente muito mais interessante dentre as perspectivas que lhe são apresentadas Além disso, o crime envolve e tem como alvo principal esse público jovem, fazendo todo um jogo de sedução mesmo quando as circunstâncias não são propicias para isso. Podemos, nessa análise, nos remeter novamente à questão da banalização da violência e à própria banalização da vida.

Devemos lutar por uma sociedade democrática de direito, fazendo com que a igualdade e o Amor de Cristo esteja presente em nosso meio, através da elaboração de políticas públicas de/ para /e com a juventude, leis e regulamentos, discursivamente estabelecidos por atores sociais com autonomia. Entende-se por Políticas Públicas “o conjunto de ações coletivas voltadas para a garantia dos direitos sociais. Expressa a transformação daquilo que é do âmbito privado em ações coletivas no espaço público, pode ser entendida como sendo um nexo entre a teoria e a ação.

Enfrentar e prevenir a violência juvenil são, portanto tarefas urgentes para a sociedade. Com uma ressalva, devemos evitar aquela idéia simplista de que para afastar o jovem do “mundo do crime” é preciso preencher seu tempo livre e manter sua mente ocupada. As políticas especificas para dar conta da violência sofrida e cometida pela juventude devem garantir direitos. A experiência mostra que qualquer tentativa de privação ou controle será rejeitada pelos jovens.

Esta Campanha tem como objetivo minimizar a violência contra os/as jovens no município de Marília, provocando todos os segmentos da sociedade local ao debate nas suas mais diversas formas, levando a ações especificas contra a violência e extermínio da juventude.A campanha foi uma iniciativa da Juventude Católica, porém as ações estão articuladas com diversos movimentos sociais e entidades que trazem a temática de juventude ou violência em seu cotidiano, entre elas: a Pastoral da Juventude, União da Juventude Socialista, Conselho Municipal de Juventude, Conselho Municipal de Cultura, Cuca-Centro Universitário de Cultura e Arte, Secretaria Municipal da Juventude, Ong Renovi, Ong Unijovem, Rotaracty, Caef- Central de Atenção ao Egresso e Família, Nação Hip-Hop.



2 comentários:

  1. Ótima iniciativa da Secretaria da Juventude.
    Está mais do que na hora de encarar e travar esse debate, tendo em vista a importância de se problematizar a violência em todas as suas esferas.

    O PSOL - diretório de Marília - vai ajudar e apoiar. É um prazer fazer alianças com todos as instituições que visam uma mudança estrutural na sociedade brasileira.

    Abraços

    Dimitri

    Abraços

    Dimitri

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  2. Parabéns pelo apoio à Campanha Nacional que marca território também em Marília.

    Pode crer, Juventude, agora é a hora, vamos para a luta contra qualquer tipo de violência contra o futuro da nação, Nossa Linda Juventude!

    Abraços de Paz!

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